BRAGA FORA DO COMBATE À OBESIDADE
Os deputados sociais democratas Maria Teresa Fernandes e Nuno Reis questionaram a Ministra da Saúde sobre a eventualidade do hospital de Braga terminar com as consultas e tratamento cirúrgico da obesidade.
Em comunicado, os dois parlamentares, ambos eleitos pelo círculo de Braga, dizem "saber que a unidade hospitalar deixa de efectuar estes tratamentos a partir de hoje".
"O Ministério da Saúde não respondeu nem se pronunciou sobre esta questão", lamentam, considerando que o fecho foi decidido, "sem qualquer esclarecimento ou justificação".
O PSD "não entende as razões que levam o Hospital de Braga - a unidade hospitalar de referência do Minho - a ficar excluído de uma medida que o Ministério da Saúde classifica de essencial para conter uma das mais graves pandemias deste século".
"Esta exclusão contraria a tendência expressa pelo próprio Ministério da Saúde e pelas unidades hospitalares centrais e altamente credenciados do país", acusam.
A tomada de posição dos deputados, tem em conta que, ao contrário do Porto, que colocou no programa cirúrgico os seus dois hospitais centrais - o de São João e o de Santo António -, o distrito de Braga apenas incluiu o centro hospitalar do Alto Ave, limitando o tratamento urgente dos doentes referenciados ao hospital de Guimarães.
Em consequência da exclusão do hospital central de Braga, o programa aponta apenas para o tratamento cirúrgico de 140 doentes do distrito - menos de metade das cirurgias que serão realizadas pelos hospitais do Porto ou de Coimbra.
Os casos contratualizados entre o Ministério liderado por Ana Jorge e o centro hospitalar do Alto Ave representam 5,6 por cento da totalidade das cirurgias acordadas para o território nacional.
04/03/2010 (LUSA)
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