Portugal é o terceiro na Europa com mais greves
Mais de 25% dos representantes dos trabalhadores revela a existência de pelo menos uma greve. A média europeia fica em 7%.
Portugal é o terceiro país, entre 30, com mais greves. Acima dos portugueses, só mesmo os gregos e os franceses. Hoje os trabalhadores do Estado voltam a demonstrar a importância que dão à greve como forma de protesto e de pressão para alterar políticas, contribuindo assim para engrossar as estatísticas do Eurofound. Olhando só para o lado das empresas privadas, o país já desce no pódio mas ainda continua a figurar no top 10, avançam os dados, referentes a 2008, publicados ontem pelo Eurofound no European Company Survey 2009.
Por cá, 25% dos representantes dos trabalhadores inquiridos indicaram a existência de greves (acima do conjunto da Europa, de 7%). Mas o valor cai para cerca de 6% (aproximando-se da média) quando se trata apenas do sector privado. No caso das empresas, o número pode parecer pequeno mas, ainda assim, não deixa de ser uma das taxas mais visíveis. O mesmo acontece com a Bélgica, República Checa, França, Alemanha, Itália, e, em destaque, a Grécia.
Moura Guedes acusa Sócrates de pressionar
Manuela Moura Guedes levantou ontem suspeitas sobre a investigação ao caso Freeport, afirmando, durante a sua audição na Comissão Parlamentar de Ética, que as alegadas pressões do primeiro-ministro não recaem apenas sobre as "redacções", mas também sobre os investigadores. "Há investigadores que também recebem telefonemas do gabinete do primeiro-ministro", disse. E precisou: "A inspectora Alice, de Setúbal, também recebe telefonemas e é permeável a eles."
Foi desta forma que a pivot da TVI respondeu a um comentário da deputada do PS Isabel Oneto, que não apenas lembrou que o caso foi arquivado na Grã-Bretanha, como também aludiu às recentes declarações da directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, Cândida Almeida. Na passada semana, no Parlamento, Cândida Almeida admitiu que o nome de Sócrates consta do processo, mas que não existe qualquer investigação sobre a acção do primeiro-ministro.
Portugal obrigado a retirar meio milhão da pobreza
A Comissão Europeia apresenta hoje a estratégia para a UE até 2020.
A nova estratégia de crescimento da UE para 2020, que simplifica e limita o alcance da defunta agenda de Lisboa 2000, envia para Portugal um grande trabalho de casa no sector da educação e inclusão social. Se acompanhar a média europeia, o país terá de retirar da pobreza cerca de 450 mil pessoas (25% do total que vive abaixo do nível de pobreza, que corresponde a 20 milhões na UE), duplicar o número de cidadãos com formação superior (de cerca de 20% para 40%), e mais que duplicar o investimento em I&D (de 1,2% para 3%). Esta é a leitura nacional de alguns dos cinco novos objectivos centrais da agenda de crescimento económico que Durão Barroso, o presidente da Comissão Europeia vai hoje apresentar, e a que o Diário Económico teve acesso.
in Diário Económico
Estima-se que 70 mil a 75 mil portugueses emigram todos os anos
O coordenador do Observatório da Emigração adiantou hoje, no Parlamento, que, em média, 70 mil a 75 mil portugueses emigram cada ano, ressalvando, no entanto, que não existem dados fiáveis. Ouvido pela comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, Rui Pena Pires disse ter "sérias dúvidas" de que o número de emigrantes portugueses tenha aumentado em 2009, considerando que o movimento migratório se mantém "estável". "A emigração neste momento andará provavelmente entre os 70 a 75 mil por ano. Aproxima-se da média dos anos 1960, mas está abaixo dos anos de maior emigração", afirmou, explicando aos deputados as várias dificuldades que impedem uma obtenção de dados fiáveis.
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